miércoles, 15 de mayo de 2013

ENSHINE: Tesouro Doom/Death



A melhor parte de ser um jornalista de música, especificamente de metal, é que parte de nosso trabalho consiste em escutar coisas novas. De vez em quando, temos a fortuna de encontrar verdadeiros tesouros, que estão simplesmente a espera de que ouvidos dispostos os escutem.

Esse é o caso de Enshine. Esta banda de Doom/Death é uma colaboração internacional entre o sueco Jari Lindstrom (Seas of Years, ex-Slumber/AtomA) e o francês Sebastien Pierre (Fractal Gates, Inborn Suffering, Cold Insight).

Hoje, 15 de maio de 2013, foi o lançamento do seu primer disco, ‘’Origin’’. Pudemos conversar com Jari, quem nos contou mais sobre este projeto.

Como iniciou Enshine?

Começou à alguns anos atrás, quando eu estava trabalhando no disco de AtomA (Skylight, 2011). Tinha ficado com vontade de fazer alguma coisa com elementos de melodic death. Junto com alguns rapasses dessa banda, iniciei  um projeto focado nisso.

Por essa época, conheci Sebastien (Pierre, vocalista) a través da internet. Ele fazia design gráfico para o projeto no qual eu estava nesse momento. Descobri a sua banda Cold Insight. Era exatamente o que eu queria fazer, doom/death com influencias de rock. Então começamos a falar sobre colaborar juntos. Ele fez a voz para algumas músicas que eu estava compondo.

Como Sebastien e você trabalham juntos, se moram em países diferentes?

Eu sempre tenho preferido trabalhar em pessoa. À algum tempo atrás estive viajando por Paris, escrevendo ideais de músicas com o Sebastien. Depois ele venho à Suécia, por uma semana, para gravar a voz.

Em setembro do ano passado voltei a Paris, por uns dias, para terminar 3 músicas. Desse jeito tem sido a colaboração, por pequenos espaços de tempo, Creio que é melhor maneira da do que por internet, porque pode-se dar retroalimentação imediata.

Qual é o seguinte passo?

Acredito que faremos outro disco. Ainda não sabemos que viajará a onde, mas pensamos em ter mais tempo para trabalhar e ter suficiente material. Somos muito produtivos quando estamos no mesmo quarto.

Em quanto a turnês, não sei se o faremos. O disco foi gravado com  sidemans. Suponho que, como não temos uma banda para tocar ao vivo,  isso ficará para depois. Precisaríamos fazer duas ou três apresentações antes de tentar algo de maior tamanho.


Seas of Years é post-rock com leves toques de shoegazer. Slumber é death metal sueco por definição. São dois polos opostos. Além, em Enshine tens outro estilo diferente. De todos esses, qual sentes que se aproxima mais ao que fazes de maneira natural?

Eu gosto de tudo. Pra mim, o natural é ter influencias de diversos estilos. Cresci escutando muitos gêneros diferentes. A parte de post-rock é nova, mas eu realmente a curto.

Não é tão estimulante fazer música de um estilo em particular. Procuro experimentar com coisas novas e expandir os meus horizontes.

Algo em comum entre todas as bandas em que tem participado tanto o Sebastien como é que são muito atmosféricas. É um esforço consciente ou simplesmente é sua maneira normal de compor?

A parte atmosférica é muito importante para mi. É o que me atrai da música, seja metal, soundtracks de cinema o qualquer outra coisa. Quando escrevo, tento manter certo sentimento ou fundo de principio a fin. Não sei, procuro evitar que as cosas fiquem muito “secas”.

Em Suécia há muitas e muito boas bandas de metal. É necessário ter um diferenciador para chamar a atenção. Creio que é precisamente isto, a parte atmosférica da minha música, que tem feito que as pessoa queiram escuta-la.


Si tivesses que escolher uma única música do disco, que representasse exatamente à banda, Qual seria?

Não poderia escolher só uma. Tenho duas que são os estandartes, ¨Stream of Light” y ¨Nightwave¨. Todas as canções são diferentes, mas estas representam todo o horizonte que abarcamos. Uma com toques mais roqueiros e a outra totalmente metal, adicionadas com todos os outros elementos que incorporamos.

O que preferes, estar no estúdio o de turnê?

Sou um cara de estúdio. Gosto de ter controle sobre como vai ficando o som e de ficar criando o tempo todo. Sempre tenho sido em engenheiro em todas as minhas bandas, pelo que tenho me focado muito no som.

Curto tocar ao vivo, mas as vezes pode ser meio estressante,  porque sempre presto atenção a tudo, não só ao meu próprio amplificador. Se o som não fica do jeito que eu quero, não consigo me relaxar.

Alguma mensagem para as pessoas que querem escuta-los?

Consigam um bom par de fones de ouvido, sentem-se e disfrutem deste disco. Espero que gostem!




Para ver esta entrevista em espanhol, clique aqui.

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